Uma nova sintonia
Isis Marques Berlitz *
Que a violência corre solta por aí, ninguém duvida. É o que mais se lê ultimamente nos jornais. É o que mais se vê nos telejornais. É o que mais se comenta nos salões de beleza. E esta perigosa sintonia com a violência vibra com insistência pelos corações das pessoas que mais gostamos, alimentando o medo, a angústia e a impaciência.
Coisa incrível! Enquanto a violência assume a preferência nacional nos debates sem fim, recordo que há cerca de trinta anos, quarenta anos, cinqüenta anos, as pessoas cumprimentavam-se com breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. Hoje, as pessoas cumprimentam-se com abraços, beijos e calorosos apertos de mãos. Para muitas pessoas, acostumadas à leveza das mãos, foi quase uma violência experimentarem a afetividade.
E a surpresa! No pátio das escolas, em especial, aqui, no Ceará, os abraços, os beijos e os calorosos apertos de mãos vem acompanhados da energia da expressão “eu ti amo, profe”!
Não se percebe, por acaso, o encantamento das pessoas que visitam o Ceará pela primeira vez. Comentam a afetividade das crianças. Comentam a energia do sorriso das crianças. Comentam sobre esta vibração positiva de bem estar. Mais: comentam ainda que estar em sintonia com este ambiente especial só pode proporcionar muito prazer e muita satisfação.
Não é por acaso também que esta linda sintonia com a afetividade facilita a percepção e o entendimento para as competências de cada criança. Aqui, todas são conhecidas pelo seu próprio nome ou, carinhosamente, pelo seu apelido.
Nem todas as pessoas que visitam o Ceará ou compartilham dele no dia-a-dia, no entanto, não percebem nem respiram esta nova sintonia. E não o fazem por mal nem com o intuito de desvalorizar este ambiente, que muitos educandos chamam de porto seguro.
Ninguém tem culpa de continuar experimentando os breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. A afetividade assusta porque nos expõe como realmente somos. E como já dizia o velho filósofo Ortega Y Gasset, “nós somos nossas circunstâncias”.
Amanhã, a circunstância será outra e o Ceará ficará na lembrança de todos pela referência de afetividade. E esta boa lembrança vibratória invadirá o coração pela alma e alimentará a esperança. Somos, sim, apenas nossas circunstâncias. Mas somos ainda pequenos aprendizes.
* Professora, vice-diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ceará
Isis Marques Berlitz *
Que a violência corre solta por aí, ninguém duvida. É o que mais se lê ultimamente nos jornais. É o que mais se vê nos telejornais. É o que mais se comenta nos salões de beleza. E esta perigosa sintonia com a violência vibra com insistência pelos corações das pessoas que mais gostamos, alimentando o medo, a angústia e a impaciência.
Coisa incrível! Enquanto a violência assume a preferência nacional nos debates sem fim, recordo que há cerca de trinta anos, quarenta anos, cinqüenta anos, as pessoas cumprimentavam-se com breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. Hoje, as pessoas cumprimentam-se com abraços, beijos e calorosos apertos de mãos. Para muitas pessoas, acostumadas à leveza das mãos, foi quase uma violência experimentarem a afetividade.
E a surpresa! No pátio das escolas, em especial, aqui, no Ceará, os abraços, os beijos e os calorosos apertos de mãos vem acompanhados da energia da expressão “eu ti amo, profe”!
Não se percebe, por acaso, o encantamento das pessoas que visitam o Ceará pela primeira vez. Comentam a afetividade das crianças. Comentam a energia do sorriso das crianças. Comentam sobre esta vibração positiva de bem estar. Mais: comentam ainda que estar em sintonia com este ambiente especial só pode proporcionar muito prazer e muita satisfação.
Não é por acaso também que esta linda sintonia com a afetividade facilita a percepção e o entendimento para as competências de cada criança. Aqui, todas são conhecidas pelo seu próprio nome ou, carinhosamente, pelo seu apelido.
Nem todas as pessoas que visitam o Ceará ou compartilham dele no dia-a-dia, no entanto, não percebem nem respiram esta nova sintonia. E não o fazem por mal nem com o intuito de desvalorizar este ambiente, que muitos educandos chamam de porto seguro.
Ninguém tem culpa de continuar experimentando os breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. A afetividade assusta porque nos expõe como realmente somos. E como já dizia o velho filósofo Ortega Y Gasset, “nós somos nossas circunstâncias”.
Amanhã, a circunstância será outra e o Ceará ficará na lembrança de todos pela referência de afetividade. E esta boa lembrança vibratória invadirá o coração pela alma e alimentará a esperança. Somos, sim, apenas nossas circunstâncias. Mas somos ainda pequenos aprendizes.
* Professora, vice-diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ceará
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