Ainda custo a lembrar que é só procurar no google; já meus filhos dizem: Vai no google! É o sinal dos tempos...
Mas vale sempre lembrar que temos que filtrar as informações e confirmar as fontes e referências.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Aprendendo
domingo, 14 de março de 2010
2010- Novo ano, nova administração, novos propósitos, mas o mesmo Projeto! O Projeto de levar a Escola e seus educandos ao nível da excelência quando se fala em educação.
Contamos com a comunidade escolar para dar continuidade ao trabalho iniciado desde 1999. E que celebraremos ao final de 2010 com a formatura da 1ª turma de Ensino Médio.
Há muitas atividades planejadas para esse ano. Participem! Informem-se! Comuniquem-se com a Escola.
Nova Direção:
Prof.ª Ísis Berlitz - Diretora;
Prof.ª Gessi Almeida - Vice-diretora da manhã;
Prof.ª Leonice Espinosa - Vice-diretora da tarde.
Contamos com a comunidade escolar para dar continuidade ao trabalho iniciado desde 1999. E que celebraremos ao final de 2010 com a formatura da 1ª turma de Ensino Médio.
Há muitas atividades planejadas para esse ano. Participem! Informem-se! Comuniquem-se com a Escola.
Nova Direção:
Prof.ª Ísis Berlitz - Diretora;
Prof.ª Gessi Almeida - Vice-diretora da manhã;
Prof.ª Leonice Espinosa - Vice-diretora da tarde.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
ESTAMOS NA RETA FINAL
É o fim!
Fim de uma série, fim de um ano, fim de uma gestão, fim de uma etapa...
Mas também é o começo!
Começo das férias, começo de uma nova gestão, começo de uma nova etapa...
Começo para pensar no que deixamos de fazer, que realizamos em 2009 e o que faremos em 2010.
O fim de ano é sempre marcado por correria, atucanação, muita coisa pra fazer em pouco tempo...
Mas também é marcado pela reflexão, pela avaliação, pela revisão do que fomos e fizemos, sempre com o propósito de não cometer os mesmos erros e mesmas falhas.
Durante 7 anos o meu final de ano foi igual. Sempre pensando em como fazer uma escola melhor no ano seguinte. Agora, me despedindo da Direção da Escola Ceará, me passa um sentimento de melancolia, de saudade, mas também da certeza do dever cumprido.
Saio com a sensação de alívio porque retiro dos ombros o peso da responsabilidade de dirigir uma Escola tão importante.
Agradeço aos colegas educadores, às funcionárias, aos pais, aos educandos, pela oportunidade da partilha e de crescer profissionalmente.
Ainda há muito a fazer, afinal a educação não é estática e sempre há o que melhorar. Deixo com a nova direção a expectativa para 2010.
Tenho muito a agradecer a nossa comunidade do Bairro Teresópolis, a Associação comunitária, aos empresários, lojistas, enfim todos e todas que acompanharam nossa caminhada, que se envolveram em nossas lutas, obrigada!
Aos pais e mães que assumiram as gestões do Conselho Escolar, do C.P.M., fazendo seu trabalho em benefício de toda comunidade escolar de forma voluntária, obrigada!
Às colegas Iolanda, Rosana, Adriana, que foram minhas vice-diretoras ao longo desses anos e à Ísis e Gessi que finalizam a gestão na vice-direção. Todas vocês foram fundamentais para o nosso SUCESSO como escola, como comunidade, como formação, como equipe, como cidadãos, como GENTE! Obrigada!
Agradeço a Deus pela oportunidade dessa experiência de vida, por cuidar da minha família enquanto eu cuidava da Escola e por estar comigo em todos os momentos, me guiando e orientando.
Desejo a todos e todas um Feliz e abençoado Natal e um 2010 pleno de conquistas e realizações.
Leila de Almeida Castillo Iabel
Diretora da E.E.E.M. Ceará
de 30/12/2002 a 30/12/2009.
Fim de uma série, fim de um ano, fim de uma gestão, fim de uma etapa...
Mas também é o começo!
Começo das férias, começo de uma nova gestão, começo de uma nova etapa...
Começo para pensar no que deixamos de fazer, que realizamos em 2009 e o que faremos em 2010.
O fim de ano é sempre marcado por correria, atucanação, muita coisa pra fazer em pouco tempo...
Mas também é marcado pela reflexão, pela avaliação, pela revisão do que fomos e fizemos, sempre com o propósito de não cometer os mesmos erros e mesmas falhas.
Durante 7 anos o meu final de ano foi igual. Sempre pensando em como fazer uma escola melhor no ano seguinte. Agora, me despedindo da Direção da Escola Ceará, me passa um sentimento de melancolia, de saudade, mas também da certeza do dever cumprido.
Saio com a sensação de alívio porque retiro dos ombros o peso da responsabilidade de dirigir uma Escola tão importante.
Agradeço aos colegas educadores, às funcionárias, aos pais, aos educandos, pela oportunidade da partilha e de crescer profissionalmente.
Ainda há muito a fazer, afinal a educação não é estática e sempre há o que melhorar. Deixo com a nova direção a expectativa para 2010.
Tenho muito a agradecer a nossa comunidade do Bairro Teresópolis, a Associação comunitária, aos empresários, lojistas, enfim todos e todas que acompanharam nossa caminhada, que se envolveram em nossas lutas, obrigada!
Aos pais e mães que assumiram as gestões do Conselho Escolar, do C.P.M., fazendo seu trabalho em benefício de toda comunidade escolar de forma voluntária, obrigada!
Às colegas Iolanda, Rosana, Adriana, que foram minhas vice-diretoras ao longo desses anos e à Ísis e Gessi que finalizam a gestão na vice-direção. Todas vocês foram fundamentais para o nosso SUCESSO como escola, como comunidade, como formação, como equipe, como cidadãos, como GENTE! Obrigada!
Agradeço a Deus pela oportunidade dessa experiência de vida, por cuidar da minha família enquanto eu cuidava da Escola e por estar comigo em todos os momentos, me guiando e orientando.
Desejo a todos e todas um Feliz e abençoado Natal e um 2010 pleno de conquistas e realizações.
Leila de Almeida Castillo Iabel
Diretora da E.E.E.M. Ceará
de 30/12/2002 a 30/12/2009.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
III FEIRA DO CONHECIMENTO E VI MOSTRA DE TALENTOS
Realizamos a III feira do Conhecimento e VI Mostra de Talentos. COM A TEMÁTICA VOLTADA AOS 70 ANOS DA ESCOLA CEARÁ.
A cada ano nossos educandos e educandos vêm se "puxando" e apresentando trabalhos muito intessantes, cada vez melhor elaborados.
Ainda temos que melhorar na forma de apresentação... mas nada que a experiência não possibilite para o ano que vem.
Parabéns aos educandos e educandas que acreditaram em seus potenciais;
Parabéns aos educadores e educadoras da Escola que trabalharam nesse projeto;
Obrigada ao prof. Georg Hennig, nosso voluntário da área das ciências que desde 2008 vem desenvolvendo um trabalho com educandos e educadores fomentando em nossas práticas o desenvolvimento do método científico.
ESTAVA SHOW!
Isso é só uma palhinha!!!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
DOMINGO SOLIDÁRIO - 18/10/2009
A integração entre Escola Ceará e Uniritter
Leila, Huilton(Coordenador da Ritter Junior) e Ariskamel (dispensa apresentações)
Carmelo e grupo Safadinhos
Leila, Professor Garcia (Secretário Municipal do Meio Ambiente) e Gessi
Gessi, Deputado Estadual Cassiá Carpes, Leila
Educadores do Ceará, Alunos e Professores da Uniritter
SÓ TEMOS A AGRADECER...
À COMUNIDADE ESCOLAR;
ÀS MÃES e PAIS DO C.P.M. E DO CONSELHO ESCOLAR;
AOS EDUCADORES E EDUCADORAS;
ÀS FUNCIONÁRIAS;
À UNIRITTER;
AO LIONS MONTE CASTELLO.
Nossa festa foi um sucesso!!!
vejam as fotos, 70 anos da Escola Ceará e 38 anos da Uniritter, muito bem comemorados!!!!
Não podemos deixar de destacar e agradecer as presenças de:
Pe. Nelson: Paróquia N.Sra. da Saúde;
Pe. Henrique: Paróquia da Ascenção (Episcopal);
Pedro Pandolfo: Pedro-Car -Presidente da ACBT;
Arlete Pandolfo: 1ª Dama da ACBT e ex-aluna do Ceará;
Giovani e família: Vice-Presidente da ACBT e ex-aluno do Ceará; ex-presidente do Conselho Escolar e C.P.M. do Ceará;
Maria de Lurdes e Regina as mães do C.P.M. e Conselho Escolar
Leila (Diretora da E.E.E.Médio Ceará), Vereadora Sofia Cavedon e Gessi (Vice-Diretora da Escola Ceará)Leila, Huilton(Coordenador da Ritter Junior) e Ariskamel (dispensa apresentações)
Carmelo e grupo Safadinhos
Leila, Professor Garcia (Secretário Municipal do Meio Ambiente) e Gessi
Gessi, Deputado Estadual Cassiá Carpes, Leila
Educadores do Ceará, Alunos e Professores da Uniritter
SÓ TEMOS A AGRADECER...
À COMUNIDADE ESCOLAR;
ÀS MÃES e PAIS DO C.P.M. E DO CONSELHO ESCOLAR;
AOS EDUCADORES E EDUCADORAS;
ÀS FUNCIONÁRIAS;
À UNIRITTER;
AO LIONS MONTE CASTELLO.
Nossa festa foi um sucesso!!!
vejam as fotos, 70 anos da Escola Ceará e 38 anos da Uniritter, muito bem comemorados!!!!
Não podemos deixar de destacar e agradecer as presenças de:
Pe. Nelson: Paróquia N.Sra. da Saúde;
Pe. Henrique: Paróquia da Ascenção (Episcopal);
Pedro Pandolfo: Pedro-Car -Presidente da ACBT;
Arlete Pandolfo: 1ª Dama da ACBT e ex-aluna do Ceará;
Giovani e família: Vice-Presidente da ACBT e ex-aluno do Ceará; ex-presidente do Conselho Escolar e C.P.M. do Ceará;
Jussara Parussini - ex-aluna, mãe de ex-alunos e colaboradora da Escola;
Tininha: ex-presidente do C.P.M. e Conselho Escolar, ex- aluna e mãe de ex-aluno do Ceará;
Marcos Abreu: ex-presidente da ACBT; ex- aluno do Ceará;
Aldo Vídeo: colaborador da Escola;
Professora Denise Ceroni - ex professora do Ceará e professora da Uniritter: graças à sua visão de comunidade, possibilitou que Escola Ceará e Uniritter se integrassem no objetivo maior pelo bem-viver da comunidade escolar e da vila das Taquareiras;
Todos os alunos, alunas, ex-alunos, ex-alunas, ex-professores, pais, avós, tios, tias, vizinhos,
amigos, voluntários e empresas participantes, ...
Marcadores:
ACISO,
COMUNIDADE,
DOMINGO SOLIDÁRIO,
PARTICIPAÇÃO
sábado, 5 de setembro de 2009
Ceará escola querida,
escola amada, escola
por vezes esquecida...
Por mim, não! Por ti, sei lá?
Quando de ti me lembro,
...ah, saudades!!! Que vontade de chorar...
Lembrei dos pavilhões de madeira...
Da merenda saborosa,
Da bronca da merendeira...
Lembrei dos jogos na quadra,
Da bagunça do recreio,
Da prova de tabuada...
Lembrei das professoras queridas,
Das platônicas paixões,
Das brigas e pirraças, agora esquecidas...
Lembrei da alegria em cantar,
escola amada, escola
por vezes esquecida...
Por mim, não! Por ti, sei lá?
Quando de ti me lembro,
...ah, saudades!!! Que vontade de chorar...
Lembrei dos pavilhões de madeira...
Da merenda saborosa,
Da bronca da merendeira...
Lembrei dos jogos na quadra,
Da bagunça do recreio,
Da prova de tabuada...
Lembrei das professoras queridas,
Das platônicas paixões,
Das brigas e pirraças, agora esquecidas...
Lembrei da alegria em cantar,
a frase do hino que dizia...
...e recordar com orgulho o meu Ceará!
Com carinho dedico esse poema aos que viveram essa escola como eu! Ceará, não fui tua aluna, mas nesses versos tento traduzir um pouco do que ouvi dos teus filhos queridos.
Parabéns pelos 70 anos!!
Leila de Almeida Castillo Iabel - Diretora de 2002 a 2009.
sábado, 25 de abril de 2009
Ah! Esse Ceará...
Uma nova sintonia
Isis Marques Berlitz *
Que a violência corre solta por aí, ninguém duvida. É o que mais se lê ultimamente nos jornais. É o que mais se vê nos telejornais. É o que mais se comenta nos salões de beleza. E esta perigosa sintonia com a violência vibra com insistência pelos corações das pessoas que mais gostamos, alimentando o medo, a angústia e a impaciência.
Coisa incrível! Enquanto a violência assume a preferência nacional nos debates sem fim, recordo que há cerca de trinta anos, quarenta anos, cinqüenta anos, as pessoas cumprimentavam-se com breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. Hoje, as pessoas cumprimentam-se com abraços, beijos e calorosos apertos de mãos. Para muitas pessoas, acostumadas à leveza das mãos, foi quase uma violência experimentarem a afetividade.
E a surpresa! No pátio das escolas, em especial, aqui, no Ceará, os abraços, os beijos e os calorosos apertos de mãos vem acompanhados da energia da expressão “eu ti amo, profe”!
Não se percebe, por acaso, o encantamento das pessoas que visitam o Ceará pela primeira vez. Comentam a afetividade das crianças. Comentam a energia do sorriso das crianças. Comentam sobre esta vibração positiva de bem estar. Mais: comentam ainda que estar em sintonia com este ambiente especial só pode proporcionar muito prazer e muita satisfação.
Não é por acaso também que esta linda sintonia com a afetividade facilita a percepção e o entendimento para as competências de cada criança. Aqui, todas são conhecidas pelo seu próprio nome ou, carinhosamente, pelo seu apelido.
Nem todas as pessoas que visitam o Ceará ou compartilham dele no dia-a-dia, no entanto, não percebem nem respiram esta nova sintonia. E não o fazem por mal nem com o intuito de desvalorizar este ambiente, que muitos educandos chamam de porto seguro.
Ninguém tem culpa de continuar experimentando os breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. A afetividade assusta porque nos expõe como realmente somos. E como já dizia o velho filósofo Ortega Y Gasset, “nós somos nossas circunstâncias”.
Amanhã, a circunstância será outra e o Ceará ficará na lembrança de todos pela referência de afetividade. E esta boa lembrança vibratória invadirá o coração pela alma e alimentará a esperança. Somos, sim, apenas nossas circunstâncias. Mas somos ainda pequenos aprendizes.
* Professora, vice-diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ceará
Isis Marques Berlitz *
Que a violência corre solta por aí, ninguém duvida. É o que mais se lê ultimamente nos jornais. É o que mais se vê nos telejornais. É o que mais se comenta nos salões de beleza. E esta perigosa sintonia com a violência vibra com insistência pelos corações das pessoas que mais gostamos, alimentando o medo, a angústia e a impaciência.
Coisa incrível! Enquanto a violência assume a preferência nacional nos debates sem fim, recordo que há cerca de trinta anos, quarenta anos, cinqüenta anos, as pessoas cumprimentavam-se com breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. Hoje, as pessoas cumprimentam-se com abraços, beijos e calorosos apertos de mãos. Para muitas pessoas, acostumadas à leveza das mãos, foi quase uma violência experimentarem a afetividade.
E a surpresa! No pátio das escolas, em especial, aqui, no Ceará, os abraços, os beijos e os calorosos apertos de mãos vem acompanhados da energia da expressão “eu ti amo, profe”!
Não se percebe, por acaso, o encantamento das pessoas que visitam o Ceará pela primeira vez. Comentam a afetividade das crianças. Comentam a energia do sorriso das crianças. Comentam sobre esta vibração positiva de bem estar. Mais: comentam ainda que estar em sintonia com este ambiente especial só pode proporcionar muito prazer e muita satisfação.
Não é por acaso também que esta linda sintonia com a afetividade facilita a percepção e o entendimento para as competências de cada criança. Aqui, todas são conhecidas pelo seu próprio nome ou, carinhosamente, pelo seu apelido.
Nem todas as pessoas que visitam o Ceará ou compartilham dele no dia-a-dia, no entanto, não percebem nem respiram esta nova sintonia. E não o fazem por mal nem com o intuito de desvalorizar este ambiente, que muitos educandos chamam de porto seguro.
Ninguém tem culpa de continuar experimentando os breves, leves e quase intocáveis apertos de mãos. A afetividade assusta porque nos expõe como realmente somos. E como já dizia o velho filósofo Ortega Y Gasset, “nós somos nossas circunstâncias”.
Amanhã, a circunstância será outra e o Ceará ficará na lembrança de todos pela referência de afetividade. E esta boa lembrança vibratória invadirá o coração pela alma e alimentará a esperança. Somos, sim, apenas nossas circunstâncias. Mas somos ainda pequenos aprendizes.
* Professora, vice-diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ceará
BANALIDADE? O QUE É ISSO?
E agora, quem vai judiciar a banalidade?
Inácio Chagas Berlitz *
Inácio Chagas Berlitz *
O Juizado da Infância e da Juventude recomenda à Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (DECA) para informarem as escolas de que devem, na medida do possível, evitar a judicialização dos conflitos banais. Este procedimento, segundo o Juizado, pode trazer graves conseqüências para a vida e a formação dos adolescentes.
Para facilitar o entendimento da autoridade policial, faltou ao Juizado esclarecer o que são conflitos banais. Com a falta deste esclarecimento, muitos diretores de escolas estão saindo da Delegacia Especializada sem a solução para os conflitos, levando a impunidade como tema de casa. No verso da tese do Juizado, lê-se que todo o conflito não é nada de banal.
O que já está trazendo graves conseqüências para a vida e a formação dos adolescentes, no entanto, não é a judicialização, mas os próprios conflitos. E ocorrem em escala geométrica no ambiente escolar ou no seu entorno, muitos deles tipificados como agressões físicas e ameaças.
Se a maioria das escolas resolvesse judiciar os conflitos, haveria longa fila na Delegacia Especializada. Na verdade, grande parte deles não são judiciados por faltas de estrutura e de agilidade no atendimento, que não se viabilizam à Brigada Militar.
O conflito então é de interesses. Se há faltas de estrutura e de agilidade da Brigada Militar no atendimento às ocorrências nas escolas, isso também acontece nas Delegacias Especializadas. E aí, no bonde dança a impunidade. Quem vai para o ponto do conflito ver o bonde passar? Quem vai judiciar este conflito de interesses?
O Juizado da Infância e da Juventude tem suas demandas igualmente não viabilizadas. Juntamente com as Delegacias Especializadas, a Brigada Militar e os estabelecimentos de ensino pleiteiam pelo melhor para a sociedade, com o idealismo e a ética, que já foram seus temas de casa. A frustração destes heróis, nossa também, é uma escola que não tem nada de banal.
Fazendo estas contas, sem passar a régua, quanto está custando a falta de priorização pela segurança pública? A conta é alta para toda sociedade: a banalização do conflito. Enquanto isso, os intervalos da passagem do bonde pelas escolas estão diminuindo e o passe à violência já ficou gratuito. E agora, quem vai judiciar a banalidade?
* Jornalista
quarta-feira, 22 de abril de 2009
A CRISE DA SAÚDE DA ESCOLA PÚBLICA
Eu teria muito a falar sobre educação. A começar pelas condições de trabalho de uma professora ou um professor. São as mais inusitadas possíveis. Inusitadas? Perguntariam-me vocês que estão lendo este artigo. E eu respondo: - Sim inusitadas. Porque não posso e não quero dizer triste, deprimente, perigosa, terrível, preocupante, alarmante, surreal, impossível, etc. Caso contrário, não estaria nessa profissão.
As condições de trabalho a que somos submetidos diariamente seriam indescritíveis aos olhos de qualquer outro profissional, ressalvados os da segurança e da saúde, porque sabemos bem pelo que passam. A Escola deveria ser um lugar de satisfação, alegria, bem estar, de aprendizagens, de troca de saberes, de relações sadias, de experiências, de movimento, de compreensão, de cooperação, de co-responsabilidade, e muito mais. Mas não é o que temos vivenciado.
Negando todas as teorias pedagógicas, a escola pública não tem sido um lugar de boas recomendações. As dificuldades com a falta de confiança dos pais, com a insatisfação dos alunos, com a desmotivação de professores, e o pior: com o descaso do governo estadual. Não há uma preocupação com a qualidade, mas sim com a eficiência: “fazer mais com menos”. Isso é valorizar a educação? Isso é valorizar os profissionais da educação? Valorizar a comunidade, a sociedade?
Passamos pela crise de autoridade, pela síndrome da intolerância, pela impaciência, pela mediocridade, pela falta de referências positivas, pelos comportamentos “adolescentes” do tipo full time, fast food e self service . Mas esse é o senso comum. É o que querem que se pense sobre a escola pública. Porque ao contrário do que parece, tem muita coisa boa entre nós. Tem professor comprometido, aluno aprendendo, pais participando, comunidade acreditando, escola realizando.
Embora na imprensa ainda seja mais relevante mostrar as mazelas da escola pública, falar das agressões, dos vandalismos, sim essas coisas continuam acontecendo, mas têm que ser tratadas, como uma doença, como um mal da escola, essa não pode ser a única verdade da escola pública. Por isso, retomando o início do texto, assim como a saúde e a segurança, precisamos do tratamento necessário, das ações preventivas, dos profissionais qualificados, dos salários melhores, das condições adequadas de funcionalidade, do uso das tecnologias, enfim, de políticas públicas eficazes. Condições mínimas de humanidade. E as escolas? Ah! As escolas...
Bem, sobre elas é necessário dizer que efetivamente os profissionais da educação precisam ser tratados com respeito pelos governantes, para que famílias às respeitem, para que pais e alunos sintam-se valorizados por estarem numa escola pública, e não simplesmente condenados pela falta de opção.
A Escola em que estou Diretora há 7 anos, completa em 2009, 70 anos e queremos comemorar essa data, queremos valorizar cada colega servidor público que por ela passou ou ainda lá está. Homenagear pais e alunos que não raro, duas ou mais gerações fizeram sua caminhada estudantil na Escola Ceará. Mas às vezes sinto que alguns me olham e perguntam: - Comemorar o quê? Pois escrevendo esse artigo respondo com segurança: - Comemorar cada dia de aula em que vibramos com um aluno aprendendo, que descobrimos um jeito novo de conquistar a atenção dos alunos na aula, pelos recreios sem briga, pela merenda elogiada, pelos dias em que não riscaram classes ou não picharam paredes, pelas bolinhas não jogadas, pelo sucesso de um projeto sendo desenvolvido com alegria, pelo hino da escola sendo cantado com vibração, pelo elogio de uma boa aula, pelo bom dia, pelo obrigado, pelo livro lido, pela tarefa realizada, pelo trabalho apresentado, pelas notícias de ex-alunos bem sucedidos, pelas parcerias com a comunidade, pela saudade que sentimos nas férias, pela euforia da volta de uma aula de educação física, pelo brilho no olho após uma aula no laboratório de informática, pela satisfação das mães em ajudarem nas festas, pela sensação de dever cumprido após uma entrega de boletins, pela ansiedade do primeiro dia de aula... E que bom que teria mais tantas coisas a listar... É isso que a escola pública precisa, levantar sua auto-estima! Valorizar suas práticas, de enaltecer seus feitos. Os problemas devem ser tratados como exceções, como um doente que precisa de um médico especialista. A escola pode identificar e encaminhar, mas não pode tratar. Essa é outra caminhada, outra história.
Leila de Almeida Castillo Iabel
Professora de Educação Física
Esp. em Gestão e Supervisão Educacional
Diretora da E.E.E.Médio Ceará
As condições de trabalho a que somos submetidos diariamente seriam indescritíveis aos olhos de qualquer outro profissional, ressalvados os da segurança e da saúde, porque sabemos bem pelo que passam. A Escola deveria ser um lugar de satisfação, alegria, bem estar, de aprendizagens, de troca de saberes, de relações sadias, de experiências, de movimento, de compreensão, de cooperação, de co-responsabilidade, e muito mais. Mas não é o que temos vivenciado.
Negando todas as teorias pedagógicas, a escola pública não tem sido um lugar de boas recomendações. As dificuldades com a falta de confiança dos pais, com a insatisfação dos alunos, com a desmotivação de professores, e o pior: com o descaso do governo estadual. Não há uma preocupação com a qualidade, mas sim com a eficiência: “fazer mais com menos”. Isso é valorizar a educação? Isso é valorizar os profissionais da educação? Valorizar a comunidade, a sociedade?
Passamos pela crise de autoridade, pela síndrome da intolerância, pela impaciência, pela mediocridade, pela falta de referências positivas, pelos comportamentos “adolescentes” do tipo full time, fast food e self service . Mas esse é o senso comum. É o que querem que se pense sobre a escola pública. Porque ao contrário do que parece, tem muita coisa boa entre nós. Tem professor comprometido, aluno aprendendo, pais participando, comunidade acreditando, escola realizando.
Embora na imprensa ainda seja mais relevante mostrar as mazelas da escola pública, falar das agressões, dos vandalismos, sim essas coisas continuam acontecendo, mas têm que ser tratadas, como uma doença, como um mal da escola, essa não pode ser a única verdade da escola pública. Por isso, retomando o início do texto, assim como a saúde e a segurança, precisamos do tratamento necessário, das ações preventivas, dos profissionais qualificados, dos salários melhores, das condições adequadas de funcionalidade, do uso das tecnologias, enfim, de políticas públicas eficazes. Condições mínimas de humanidade. E as escolas? Ah! As escolas...
Bem, sobre elas é necessário dizer que efetivamente os profissionais da educação precisam ser tratados com respeito pelos governantes, para que famílias às respeitem, para que pais e alunos sintam-se valorizados por estarem numa escola pública, e não simplesmente condenados pela falta de opção.
A Escola em que estou Diretora há 7 anos, completa em 2009, 70 anos e queremos comemorar essa data, queremos valorizar cada colega servidor público que por ela passou ou ainda lá está. Homenagear pais e alunos que não raro, duas ou mais gerações fizeram sua caminhada estudantil na Escola Ceará. Mas às vezes sinto que alguns me olham e perguntam: - Comemorar o quê? Pois escrevendo esse artigo respondo com segurança: - Comemorar cada dia de aula em que vibramos com um aluno aprendendo, que descobrimos um jeito novo de conquistar a atenção dos alunos na aula, pelos recreios sem briga, pela merenda elogiada, pelos dias em que não riscaram classes ou não picharam paredes, pelas bolinhas não jogadas, pelo sucesso de um projeto sendo desenvolvido com alegria, pelo hino da escola sendo cantado com vibração, pelo elogio de uma boa aula, pelo bom dia, pelo obrigado, pelo livro lido, pela tarefa realizada, pelo trabalho apresentado, pelas notícias de ex-alunos bem sucedidos, pelas parcerias com a comunidade, pela saudade que sentimos nas férias, pela euforia da volta de uma aula de educação física, pelo brilho no olho após uma aula no laboratório de informática, pela satisfação das mães em ajudarem nas festas, pela sensação de dever cumprido após uma entrega de boletins, pela ansiedade do primeiro dia de aula... E que bom que teria mais tantas coisas a listar... É isso que a escola pública precisa, levantar sua auto-estima! Valorizar suas práticas, de enaltecer seus feitos. Os problemas devem ser tratados como exceções, como um doente que precisa de um médico especialista. A escola pode identificar e encaminhar, mas não pode tratar. Essa é outra caminhada, outra história.
Leila de Almeida Castillo Iabel
Professora de Educação Física
Esp. em Gestão e Supervisão Educacional
Diretora da E.E.E.Médio Ceará
Assinar:
Postagens (Atom)